quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sinto.

Frio assim, daqueles que não passam com colcha grossa, nem chá quente. É frio de estremecer noite solitárias, sempre solitárias.
Precisava de calor humano, do teu calor, não por nada, só pelo frio.
Inverno sempre machuca mais que qualquer outono ou verão, inverno dói, sem dimensão, extensão, comprimento, só doi. É incalculável, talvez o seja porquê o temor vem de um sentimento, e sentimento nunca tem medida, só tem ferida.
Saí descalça, as pedras não doem na proporção que deveriam doer, a verdade é que pedra é tão material quanto qualquer telefonema que me fizestes. Quando não é de alma, não vale, então era melhor que economizasses tuas palavras repetidas.
Caminho com uma mochila nas costas; ando, sabendo andar, sigo, sem rumo a seguir, caiu, sem forças para levantar. A rua tá aí. Sem ninguém aqui. Fico no chão, no frio, em pedras, sem ti.

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