quarta-feira, 1 de abril de 2009

Para.

Falta: Milhões de pedaços jogados fora, arrancados sem permissão e abandonados em qualquer quarto escuro, sem direito nenhum a luz.
Falta é a vontade de ter e não mais poder. Falta é querer gritar e não ter garganta para isso. Falta é carregar no colo a lembrança de faces hoje desconhecidas. Falta é ter amor em excesso, mas é amor que já não deveria estar aqui. Falta é ferida que dói sem que tenha remédio para cura momentânea, que seja, não tem cura. Falta é falta. Falta sempre é a falta de alguma coisa, de algo, de fato, de lado, costas, frente, quatro. Além de tudo é preta, negra, daquelas que não tem, nem no fundo, uma luszinha de esperança. Porque na falta não há esperança, só falta.

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